A abertura total do mercado livre de energia no Brasil está cada vez mais próxima, com a perspectiva de que milhões de brasileiros poderão em breve usufruir de energia mais acessível e sustentável. Esta expectativa surge à medida que o governo federal sinaliza a possibilidade de regulamentar o acesso ao mercado livre para consumidores de média e baixa tensões até 2030. Estima-se que cerca de 90 milhões de brasileiros se beneficiem dessa mudança, promovendo não apenas economia, mas também um consumo mais consciente e renovável.
Recentemente, o setor viu um aumento significativo na migração de consumidores para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), especialmente após a Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia flexibilizar as regras de adesão. Em janeiro de 2024, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) registrou 37.965 consumidores que optaram por negociar a compra de energia diretamente com os fornecedores, um aumento de 23% em relação ao ano anterior. A migração envolve principalmente pequenos e médios consumidores comerciais e industriais, como açougues e redes de farmácias, cujas contas de energia giram em torno de R$ 7 mil.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que mais de 14,6 mil consumidores notificaram as distribuidoras sobre a intenção de migrar para o mercado livre até 2025, sendo que 94% deles possuem uma demanda inferior a 500 KW. Essa transição é vista como um passo crucial para a redução dos custos de energia, com a Abraceel projetando uma economia potencial de R$ 35,8 bilhões por ano para os consumidores de baixa tensão, o que representa uma redução média de 19% nas faturas de luz.
Em janeiro de 2024, a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) registrou 37.965 consumidores que optaram pela migração para compra de energia diretamente com o fornecedor. O interesse pelo benefício de negociar melhores preços e serviços mostrou um aumento considerável: 7.044 unidades consumidoras aderiram ao mercado livre nos últimos 12 meses, refletindo um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa movimentação é resultado das medidas públicas que regem o setor, com projeções que continuam em curva ascendente.
A abertura do mercado livre de energia elétrica para baixa tensão é considerada essencial para incluir milhares de consumidores que foram negligenciados por políticas anteriores focadas em reduzir o custo da energia elétrica no país. Com isso, a popularização do mercado livre se mostra como uma medida urgente e necessária. Enquanto isso, o setor elétrico nacional continua a discutir regulações e medidas para seu desenvolvimento, com o envolvimento de agências reguladoras, empresas e entidades do setor, além do poder público. A expectativa é que novas diretrizes governamentais possam impulsionar ainda mais esse mercado promissor no Brasil.